Duas questões têm ocupado as pessoas envolvidas com a educação: como formar novos leitores em um mundo cada vez mais automatizado e como fidelizar estes leitores.
Vamos começar falando de coisas boas. Ainda lemos. A prova viva disso é você. Sim, você mesmo que se deu ao trabalho de abrir o jornal e chegou até aqui. Saiba que o seu hábito de folhear páginas é cada vez mais escasso. Isso, por si só, faz de você um indivíduo valioso e raro.
No início da era digital, dos computadores, da internet, e além, com o advento dos livros eletrônicos, acreditava-se que as bibliotecas e os livros físicos estariam ultrapassados em pouco tempo. A profecia se cumpriu, em partes. Vejamos a falência das grandes editoras e livrarias anos atrás.
Mesmo assim, os livros resistiram. O número de editoras, somente em 2021, cresceu 30%. Uma notícia a ser comemorada; ainda que muitas das vendas ocorram somente através de encomendas.
Os livros ainda existem. Mas e por onde andam os leitores?
O brasileiro lê uma média de 4 livros por ano. Pouco, se comparado ao Canadá, por exemplo, onde a população consome em média 12 livros. É claro que estamos falando de realidades econômicas totalmente diferentes.
Ainda assim, a preocupação em formar e manter novos leitores em nosso país é legítima. Como sabemos, pessoas que leem são mais críticas, mais criativas, produzem mais, ou seja, ajudam no crescimento da sociedade. Repito meu mantra: o mundo seria um lugar melhor se mais pessoas lessem.
A solução para alterar o quadro parece estar menos em soluções mirabolantes e mais em nós mesmos; nas pequenas ações. Pode estar no hábito de ler para um sobrinho, no simples fato de consumir mais livros, no investimento em grupos de leitura ou na criação de um pequeno espaço para os livros em casa. Veja, não estou falando de esforço conjunto; todas essas atitudes podem partir de uma única pessoa: você mesmo.
Olha o que diz a letra da música do rapper Gabriel, O Pensador Muda, que quando a gente muda o mundo muda com a gente. A gente muda o mundo com a mudança da mente. E quando a mente muda a gente anda pra frente. E quando a gente manda ninguém manda na gente.
