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Colunista: Luis Felipe

Os demônios do amor

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O mais notório e recente caso de traição envolveu a popstar colombiana Shakira e o ex-jogador espanhol Piqué. O casamento durou mais de dez anos. O que poderia arruinar a união entre duas pessoas famosas e bonitas? São muitos os riscos em casamentos badalados desse tipo. Mas Piqué fez uma escolha comum: arranjou uma amante de apenas 23 anos. A cantora, após descobrir a infidelidade do marido, encontrou a vingança lançando mão da criatividade em um música cheia de indiretas expondo o casal adúltero (música que não condiz com sua qualidade artística, pois é bem chatinha, a propósito).

Independente do meu gosto, a música, assim como tudo o que Shakira produz, explodiu e já ultrapassa a marca de 150 milhões de visualizações no Youtube.

Agora outra história. Acabo de receber de uma amiga um vídeo amador gravado aqui no Brasil. Nele, uma mulher invade o estabelecimento em que trabalha a suposta amante do seu marido e protagoniza um pequeno barraco, acusando a funcionária de assediar “o marido dos outros”.

Então fica a pergunta, há alguma diferença entre o que fez a cantora Shakira e a mulher brasileira?

Do ponto de vista de egos machucados, não. Ambas, sentindo-se aviltadas, partiram para o ataque, buscando a cura do seus ressentimentos achincalhando outras mulheres. Shakira, mais incisiva, atacou Piqué também. A brasileira, no entanto, fez o marido parecer uma pobre vítima indefesa. Convenhamos, passou a hora de revermos essa cultura instaurada na sociedade que estimula a competição entre mulheres. De uma vez por todas: o homem trai mais. E faz isso porque quer, não porque foi forçado.

Voltando aos dois casos, há, entretanto, uma diferença considerável entre eles. Usando a velha imagem do limão, Shakira usou a sua fruta pra fazer uma bela caipirinha. Ela segue usufruindo (em Euros) o sucesso da nova música, arranhou a imagem do ex e fez a amante passar por vilã. Seus fãs e muita gente apoiou a cantora (as pessoas adoram exaltar vítimas e recriminar culpados). A brasileira, por sua vez, simplesmente passou por traída-barraqueira-ressentida. Fez, quando muito, o papel de uma influencer às avessas, tornando pública uma cena infeliz da sua vida.

O que leva uma pessoa traída a agir com destempero? Amor demais? Ego ferido? Trauma de infância? Ressentimento? Raiva? Não sei. Mas sei que isso denota uma boa dose de falta de amor e respeito próprio.

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