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Editorial

A covid dos vacinados

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Com o período de festividades de fim de ano, os casos confirmados de Covid-19 no Brasil ligaram, novamente, o alerta. Em uma semana, o número de infecções pela doença praticamente dobrou no país: em 27 de dezembro, a média móvel de contaminações era de 4.346; nesta segunda-feira (3/1), o indicador registrou 8.400 — um aumento de 93,9%. Os dados são do mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass).

Em Capivari do Sul, conforme o boletim do dia 30 de dezembro, não havia nenhum caso positivo. Já na segunda-feira, dia 3 de janeiro, 11 casos foram confirmados, seis aguardavam resultado e 29 pessoas se encontravam em isolamento domiciliar por sintoma gripal ou por contato com caso suspeito ou confirmado. Até a manhã desta quinta-feira, dia 5, 21 casos foram detectados no município.

Em Palmares do Sul, entre segunda e quarta foram 39 casos confirmados. Vale lembrar que os dois municípios estavam a vários dias com nenhum caso positivo, até as festas de fim de ano acontecerem.

Na região do Litoral Norte, em apenas sete dias foram 1.108 novos diagnósticos de covid. O número contabilizado entre o dia 30 de dezembro e 5 de janeiro é 500% maior se comparado ao mesmo período, no ano anterior, quando 182 casos foram notificados.

Diante deste quadro, já podemos prever um mês de janeiro complicado, com uma explosão de casos de covid-19 e também de influenza H3N2. De acordo com virologistas, as pessoas precisam estar cientes de que haverá necessidade de faltar ao trabalho, de evitar determinados eventos sociais, de que as viagens poderão ser prejudicadas e que teremos um grande número de infecções. Por mais atenuada ou mais leve que seja a infecção, como tem sido denotado para a variante Ômicron, uma porcentagem das pessoas ainda continuará internando, atingindo, principalmente, os indivíduos não vacinados ou vacinados apenas com primeira dose ou com esquema vacinal incompleto ou feito há mais tempo.

No entanto, a boa notícia é que a maioria dos casos tem apresentado sintomas leves, não precisando de internação hospitalar. Para os especialistas, médicos e virologistas, esta é a “covid dos vacinados”, e estão otimistas que os atendimentos fiquem, em geral, nos postos de saúde. Conforme eles, com a alta taxa de vacinação o Brasil passará tranquilamente por mais esta variante, assim como foi a Delta. Mas ressaltam que ainda é preciso manter alguns cuidados e protocolos de segurança, evitando, principalmente, grandes aglomerações, além de completar o esquema de vacinação.

Esperamos que este resultado das festas de fim de ano sejam um alerta para o Carnaval, para que todos possam aproveitar da melhor forma possível, mas que não seja preciso adotar medidas drásticas e radicais em março, como por exemplo o fechamento de escolas e comércios.

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