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Editorial

Bolsonaro está certo em relação ao Carnaval

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O presidente Jair Bolsonaro afirmou, na quinta-feira, 25, que é contra a realização do Carnaval nos estados brasileiros em 2022. A declaração foi dada em entrevista à Rádio Sociedade da Bahia, transmitida ao vivo pelas redes sociais do presidente. “Por mim, não teria Carnaval. Só que tem um detalhe: quem decide não sou eu. Segundo o Supremo Tribunal Federal, quem decide são os governadores e os prefeitos. Não quero aprofundar nessa que poderia ser uma nova polêmica”, explicou.

Bolsonaro se referiu à decisão do STF que deu autonomia a estados e municípios para decidirem sobre as ações de enfretamento à pandemia. Durante a entrevista, o presidente relembrou ainda o que aconteceu no ano passado, quando ele declarou emergência no auge da pandemia, mas os governadores e prefeitos ignoraram e realizaram o Carnaval. “As consequências vieram. Chegamos a 600 mil óbitos. E alguns tentaram imputar a mim essa responsabilidade. Não tenho culpa disso. Não estou esquivando, nem apontando outras pessoas. É uma realidade, é uma verdade. Todo o trabalho de combate à pandemia coube aos prefeitos e aos governadores. O que coube a mim? Mandar recursos”, reclamou.

Em relação à nova onda de Covid-19 na Europa e as restrições que já começaram a ser impostas por alguns países, Bolsonaro manifestou preocupação com a economia. “Estou vendo que alguns países da Europa estão retomando medidas de lockdown. Se tiver outro lockdown no Brasil, em estados e municípios, vai quebrar de vez a economia”, disse.

Concordamos com a posição do presidente, uma vez que recém estamos voltando a normalidade, com a reabertura total do comércio e volta gradativa dos eventos. Também estamos com os números da vacinação bem adiantados em relação aos outros países, mas poderíamos esperar mais um ano para pular carnaval.

Nada contra a realização dos festejos, desde que esta decisão não seja para beneficiar uma parcela de empresários e interessados e em março voltem a fechar as escolas e comércios novamente. Quando a situação está boa, aí cada um decide por si, mas quando “estoura” o problema aí é culpa do presidente.

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