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Editorial

Vai faltar espaço em cima do muro

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Passado o primeiro turno das eleições, ocorrido no domingo, 2 de outubro, podemos fazer algumas observações quanto as campanhas realizadas pelos partidos nos municípios de Capivari do Sul e Palmares do Sul.

O primeiro ponto é a divisão dos municípios quanto aos eleitores de Bolsonaro e Lula. Mesmo o candidato de direita computando mais votos nos dois municípios, a diferença foi mínima. Em Capivari, Bolsonaro somou 1.458 e Lula 1.179. Já em Palmares, Bolsonaro fez 3.658 e Lula 3.445.

O segundo ponto observado foi o pouco envolvimento dos partidos políticos dos municípios nas campanhas para governador e presidente. Tirando o PDT, que trouxe o candidato a governador Vieira da Cunha, em Palmares e Capivari, e o PT em prol de Edegar Preto, as demais siglas mantiveram-se tímidas em seus posicionamentos. O PSDB e o PP, que também encabeçaram candidaturas ao governo do Estado, não mostraram envolvimento nos municípios.

Para presidente, novamente, os partidos que manifestaram abertamente seus votos foram o PDT, com Ciro Gomes, e o PT com Lula. A maior movimentação e apoio ficou por conta dos empresários e agricultores que algumas vezes foram as ruas para declarar seu apoio ao presidente Jair Bolsonaro.
Também observamos uma divisão dos partidos em relação aos candidatos a deputado estadual e federal, onde em outras épocas o partido se unia em torno de dois nomes (um estadual e outro federal), e nesta eleição tivemos um grande rol de nomes circulando pelos municípios. Inclusive, teve partido que apoiou candidatos de outra sigla.

Neste ano, as campanhas foram bem mais acanhadas que em outros pleitos, o que nos leva a crer que muitos políticos e partidos não quiseram manifestar seu voto em meio a uma disputa tão polarizada. Pois, quem vota no Lula está apoiando a corrupção, afirmando que o crime compensa e colocando o Brasil na “beira” de virar Cuba ou Venezuela; e quem vota no Bolsonaro é rico, está apoiando o machismo, a homofobia, faz pouco caso da Covid e apoia o militarismo.

O Brasil sempre foi polarizado, mas nunca havíamos visto uma eleição com tantos ataques ofensivos, de ambos os lados. Esse pode ser um dos motivos dos inúmeros erros dos institutos de pesquisa, pois muita gente preferiu se abster e não abrir seu voto nessa eleição.

O segundo turno é dia 30 de outubro e como diz uma das falas mais populares aqui na nossa região: “o cara tem que ser galo para dizer em quem vai votar”. Vai faltar espaço no muro pra tanta gente que quer ficar por lá.

Editorial Jornal Integração 07-10-2022

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