Com a proximidade das eleições e um pleito fortemente polarizado, como é de comum nas eleições presidenciais brasileira, um tema vem despertando interesse de especialistas e da imprensa: o voto nos candidatos mais bem cotados à presidência — Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — poderia estar subnotificado? É possível confiar nas pesquisas de intenção de voto, já que muitas apontam para a vitória de Lula e ao mesmo tempo vemos o apoio recebido por Bolsonaro nas ruas e redes sociais?
Conforme a BBC News, essa eleição está com eleitores envergonhados ou amedrontados em revelar seu voto. Em suma, pode-se dizer que eles não estão errados, pois está difícil escolher um candidato. Menos para aqueles que vestiram o verde e amarelo “de alma e coração” ou os que levantam a estrela branca e vermelha com todo fervor. Para estes, não restam dúvidas de quem será o seu presidente.
No entanto, ainda há uma grande maioria indivíduos que prefere omitir sua opinião, principalmente quando ela é discrepante da maioria do seu grupo social, para evitar entrar em conflito e ou até mesmo ser excluído. Para aqueles que não tem o seu “preferido”, está difícil escolher entre um ex-presidente preso e acusado de corrupção em seu governo e o atual presidente, que conquistou muita antipatia por seu modo de falar e agir diante de assuntos importantes para o país. Bolsonaro ainda tem toda mídia tradicional contra ele e não faz questão nenhuma em agradá-los.
Com a aproximação do dia das eleições, é comum aumentar a quantidade de pesquisas divulgadas, afinal, o interesse da população aumenta a cada dia. No entanto, a reboque, surgem os resultados discrepantes e uma pergunta passa a ser feita: dá para confiar ou não? Antes de tudo, é preciso ter em mente que nem todas as pesquisas são iguais. Há diferenças significativas de metodologias adotadas. Alguns institutos utilizam entrevistas presenciais enquanto outros optam por sondagem por telefone, que são mais baratas.
Sendo assim, podemos entender que uma pesquisa é apenas a captação do sentimento da população naquele momento, sem garantia nenhuma de que tal comportamento vai se manter até o dia da eleição.
Portanto, só o dia 2 de outubro poderá nos dizer.
