O clima de paz e “boa vizinhança” não tem tido espaço nas últimas sessões da Câmara de Capivari do Sul. Como toda legislatura, há os vereadores da situação e da oposição, de partidos, ideologias e pensamentos diferentes e isso é o que enriquece o ambiente de trabalho dos representantes da comunidade.
Acontece que para fazer jus ao voto e a confiança depositada pelos eleitores, os vereadores precisam, e devem, ser claros, objetivos e se fazer entender pela comunidade que os assistem, pois este é seu papel, ouvir e esclarecer as dúvidas da população e levar suas reivindicações para que possam ser atendidas ou esclarecidas.
Mas o que temos assistido nas últimas sessões de Capivari tem sido, no mínimo, decepcionante para aqueles que acompanham o trabalho dos nobres edis, pois o plenário se tornou palco de intermináveis acusações, xingamentos, ofensas e deboches, onde cada um quer mostrar seu argumento, não importa a quem doer. Para se ter uma ideia, na última sessão começou uma discussão que quase terminou “nas vias de fato” fora do prédio da Câmara.
Como sempre, as redes sociais também acabam se tornando palco para isso, pois é onde se tem um maior alcance de público. No entanto, ao invés de informar a comunidade com conteúdos de relevância, tais postagens acabam confundindo ainda mais o eleitor, pois logo em seguida já vem outra publicação desmentindo tal informação. A população já nem sabe mais o que está certo ou errado ou se realmente há um lado certo ou errado.
Para se fazer um bom governo, tanto no Executivo como no Legislativo, é preciso que haja respeito entre todas as partes, e isso não quer dizer que o prefeito vai estar sempre certo e a oposição sempre errada. Mas é indiscutível que um trabalho bem feito precisa ser pautado na ética e respeito por todos, independente do lado que se está posicionado.
Eu escuto a opinião do outro, coloco o meu ponto de vista, mas não preciso concordar, e tá tudo certo. O que eu não posso é sempre querer impor a minha opinião sobre tudo e todos e achar que estou sempre correto e o outro sempre errado.
Ser humilde também é saber escutar e aceitar o que o outro diz.
