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Litoral Norte: pesquisa apresenta dados da população com Transtorno do Espectro Autista nos municípios

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A Fundação de Articulação e Desenvolvimento de Políticas Públicas no Rio Grande do Sul – FADERS apresentou, na segunda-feira (03), o segundo estudo com dados da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (Ciptea) durante o Seminário “Descobrindo o Autismo no Rio Grande do Sul”, no Plenarinho da Assembleia Legislativa. Com o título “Características da população com TEA no RS”, a pesquisa supre uma demanda histórica por dados sobre pessoas com autismo.

De acordo com a coordenadora de Pesquisa da FADERS, Aline Monteiro Correia, a segunda edição reafirma grande parte do rumo apontado pela pesquisa anterior. “Nossa amostra era de 4.074 pessoas e, em menos de um ano de trabalho, nós mais do que dobramos esses números. Foram analisadas 9.503 Cipteas, e os resultados se mantiveram e se aproximaram ainda mais com alguns resultados que a gente observa em estudos internacionais. Isso mostra que nossa pesquisa está num caminho certo”, avalia.

Em Capivari do Sul, segundo o estudo da FADERS, 11 pessoas, o que contabiliza 0,28% da população, são identificadas com o Transtorno do Espectro Autista. Em Palmares do Sul são 20 pessoas, 0,18% da popualação.

A coordenadora observou que há ainda um grande espaço para avançar nos dados, principalmente nas faixas etárias mais velhas. “44% dos que solicitaram a Ciptea têm de 0 a 5 anos de idade, e 29% das pessoas têm entre 6 a 10 anos. A gente imagina que são pessoas que estão tendo acesso ao diagnóstico agora e, a partir disso , buscando os direitos, as informações sobre o que há relativo ao autismo no nosso estado. Mas não temos só crianças com autismo, temos adultos e idosos, e por isso é fundamental que essas pessoas solicitem também a Ciptea pra que a gente possa conhecer mais sobre quem é essa população, e pensar, a partir disso, em políticas públicas específicas”, completou.

A pesquisa atual aponta dados de 365 municípios do Rio Grande do Sul. A região Metropolitana de Porto Alegre detém 30,79% de carteiras aprovadas no Rio Grande do Sul. A seguir, o maior índice de solicitações está no Vale do Rio dos Sinos, com 11,67%, e na Região Sul, com 10,19%. Porto Alegre tem o maior percentual entre as cidades (17,12%), seguida por Caxias do Sul (5,54%) e Viamão (4,34%). No litoral Norte o percentual de solicitações é de 5% em relação ao RS e foram contabilizadas 475.

Segundo o estudo, há um predomínio de pessoas do sexo masculino na população com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Esse dado vai ao encontro do que é apontado em pesquisas internacionais recentes na área, as quais indicam que, para cada 3,7 pessoas do sexo masculino, há uma pessoa do sexo feminino com TEA.

Confira abaixo os dados dos municípios do Litoral Norte.

Arroio do Sal – 22 (0,28%)
Balneário Pinhal – 22 (0,20%)
Capivari do Sul – 11 (0,28%)
Capão da Canoa – 98 (0,23%)
Caraá – 8 (0,11%)
Cidreira – 13 (0,10%)
Dom Pedro de Alcântara – 0
Imbé – 40 (0,23%)
Itati – 1 (0,04%)
Mampituba – 0
Maquiné – 2 (0,03%)
Morrinhos do Sul – 4 (0,13%)
Mostardas – 19 (0,16%)
Osório – 33 (0,08%)
Palmares do Sul – 20 (0,18%)
Santo Antônio da Patrulha – 44 (0,11%)
Tavares – 1 (0,02%)
Terra de Areia – 5 (0,05%)
Torres – 71 (0,25%)
Tramandaí – 65 (0,16%)
Três Cachoeiras – 9 (0,09%)
Três Forquilhas – 1 (0,03%)
Xangri-Lá – 31 (0,25%)

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