Mais 2 milhões de eleitores em 2022

O Tribunal Superior Eleitoral informou nesta quinta-feira, 5, que o Brasil ganhou mais de 2 milhões de novos eleitores, com idade entre 16 e 18 anos. O cadastro eleitoral para as eleições deste ano foi encerrado na quarta, 4, e superou todos os recordes já registrados pela Justiça Eleitoral.

Esse número representa um aumento de 47,2% em relação ao mesmo período em 2018 e de 57,4% em relação aos quatro primeiros meses do ano em 2014. Conforme o presidente do TSE, ministro Edson Fachin, as ações da Justiça Eleitoral realizadas durante a Semana do Jovem Eleitor, entre os dias 14 e 18 de março, se refletiram nos números. Segundo Fachin, a juventude brasileira foi convocada a participar das eleições em outubro e a resposta foi impressionante.

A disputa pela presidência já começou acirrada este ano. Mesmo antes da campanha eleitoral autorizada, vemos uma imensa movimentação dos pré-candidatos, com destaque para o presidente Jair Bolsonaro e do ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva. De um lado, temos um chefe de Executivo que conquistou uma grande camada da população brasileira, mas que briga diariamente com a imprensa que não mostra grande parte de suas ações e realizações de governo e que faz de tudo para provar que tudo que acontece de ruim no país é culpa do presidente.

Do outro lado, temos um ex-presidente – que também é ex-presidiário – já em plena campanha pelo país, inclusive com showmícios pagos por prefeituras e com artistas de renome nacional e com todo apoio da grande maioria dos meios de comunicação.

Conforme o Correio Braziliense, o novo presidente do Brasil será aquele com menor índice de rejeição. No entanto, as pesquisas sempre apontaram uma grande rejeição do atual presidente, até mesmo antes da sua vitória.

Diante de todas essas incertezas pregadas pela mídia nacional, uma coisa é certa: esses mais de 2 milhões de jovens que estarão prontos para votar em outubro com certeza farão a diferença do resultado do pleito deste ano. Saberão eles fazer uma boa escolha? Difícil dizer, pois afinal nem sabemos se temos “boas” opções de voto.

• Editorial Jornal Integração 06-05-2022