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Colunista: Henrique Pajares

Como são os protocolos para realizar testes de covid-19 em Capivari e Palmares

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A nova variante ômicron do coronavírus fez explodir o número de casos em janeiro deste ano. Com isso, a procura por testes de covid aumentou bruscamente, não só na saúde pública, mas também em centros particulares e farmácias. Ao mesmo, o alto número de novas infecções fez com que a ansiedade da população em receber um diagnóstico aumentasse após o registro de sintomas gripais.

Com isso, fui atrás de informações para explicar como é o protocolo de testagem em Capivari do Sul e Palmares do Sul. Os dois municípios, aliás, não apresentam falta de testes para a população. Em Palmares, conforme a Secretaria de Saúde, o protocolo dos atendimentos passou por uma nova adaptação. O paciente com sintomas gripais que procurar o sistema de saúde na Sede, por exemplo, é encaminhado para a ala covid. O mesmo acontece no Pronto Atendimento de Quintão. Antes mesmo da consulta médica, é feito o teste de covid. Em caso positivo, o paciente aguarda o atendimento naquele local e, em caso negativo, é encaminhado para a ala de atendimentos gerais. “O teste é feito apenas em pessoas sintomáticas, onde devem ser testadas antes da consulta médica”, disse a Secretária Juliana Gasso. Neste caso, em Palmares, os pacientes são testados desde o primeiro dia de sintoma.

A Secretária lembrou também que Palmares foi um dos três municípios do Litoral contemplados com o Programa Testar, do Governo do Estado. Somente em janeiro foram realizados 2.600 testes através do programa. “Não há falta de testes e estamos indo muito bem com os protocolos. Mas é bom frisar que somente os sintomáticos estão sendo testados, pois não queremos um falso/negativo. Estes testes são bem sensíveis e é possível detectar o vírus desde o primeiro ou segundo dia de sintoma”, completou Juliana.

Em Capivari, por outro lado, o teste é agendado a partir do terceiro dia de sintoma. Muitos ficam ansiosos para realizar o procedimento já no primeiro dia que apresentam algum sintoma, o que, segundo a Secretaria de Saúde, pode resultar em um resultado negativo. Além de não ter um resultado preciso, o paciente iria ser testado mais de uma vez, o que ocasionaria, por exemplo, a “queima” de testes. Outro dado analisado são os sintomas dos pacientes. O protocolo seguido em Capivari é o da Secretaria Estadual, conforme a Nota Informativa n° 41 de 12 de janeiro. A pasta da Saúde informa que não há problemas com a falta de testes no município.

Uma das medidas que é seguida pelos dois municípios, na qual não concordo, é de não testar as pessoas contactantes a um caso positivo que não apresentam sintomas, principalmente os familiares que residem no mesmo local. Se um membro da família testar positivo, por exemplo, os demais somente serão testados se apresentarem algum sintoma. Não seria correto testar todos após a confirmação de um caso positivo dentro do núcleo familiar? Se um indivíduo contactante não apresenta sintomas e consequentemente não será testado, por que não liberá-lo do isolamento? Se a pessoa precisa fazer a dose de reforço da vacina, mas não sabe se está ou teve covid, pois pode estar assintomática, como proceder, já que não será testada? A orientação do Ministério da Saúde prevê que o prazo para receber o reforço contra a doença em pacientes positivados é de quatro semanas. A mesma indicação se estende para crianças e pessoas assintomáticas, mas que tiveram um teste positivo para a doença. Mas se não estão testando os assintomáticos, como irão saber?

Diante destes questionamentos, podemos chegar à conclusão com apenas uma pergunta: se há testes, por que não usá-los?

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