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Editorial

Data das eleições dará dor de cabeça

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O Senado aprovou na terça-feira, dia 23, a Proposta de Emenda à Constituição que muda a data das eleições para os dias 15 de novembro (primeiro turno) e 29 de novembro (2° turno). O texto agora está sob apreciação da Câmara dos Deputados. Pelo atual calendário, as datas seriam 4 e 25 de outubro.

A proposta já levantou diversas discussões, entre os que são a favor da nova data e os que preferem manter as eleições em outubro. Conforme apurou a colunista Carolina Bahia, do jornal Zero Hora, mais da metade da bancada gaúcha é a favor das eleições em novembro. No entanto, muitos prefeitos gaúchos entendem que não há clima para realizar o pleito este ano e preferem o adiamento para 2021, como presidente da Famurs Eduardo Freire, pois ele acredita que para a evolução da pandemia faz pouca diferença adiar em apenas 40 dias.

Os deputados do bloco conhecido como Centrão são contra o adiamento para novembro e, pressionado pelos prefeitos, os parlamentares já adiantaram que votarão contra, pois entendem que nada garante que postergar o julgamento das urnas em 40 dias fará com que a pandemia seja controlada nesse período. No entanto, a resistência nada mais é do que puramente política. Muitos avaliam que realizar as eleições em 15 de novembro, Dia da Proclamação da República, irá beneficiar a oposição. Prefeitos argumentam que adiar a corrida eleitoral favorece os adversários porque dá mais tempo para que candidatos rivais se organizem e façam campanha, ainda que de forma virtual. A avaliação é a de que, como a pandemia dificulta o debate político, quem já está no cargo leva vantagem.

Em Capivari do Sul e Palmares do Sul as opiniões são bem diversas entre os pré-candidatos a prefeito. Maurício Muniz (MDB), que irá concorrer à reeleição, defende que o pleito ocorra em outubro. Já Roberta Lang (PT) e Orion Fonseca Almeida (Patriota) são favoráveis ao adiamento, em razão de ter mais tempo para realizar campanha, pois em outubro só irá favorecer quem está no poder.

Há também os que defendem a unificação do processo eleitoral, que no caso seria em 2022, junto à eleição para governador e presidente. Afonso Praça Batista, do PP de Palmares, e Leandro Monteiro, do PDT de Capivari, acreditam que 2020 não é um ano bom para realizar as eleições devido ao cenário provocado pela pandemia do coronavírus.

Até mesmo no Supremo Tribunal Federal (STF) não há um entendimento sobre a conveniência de se esticar a campanha. Nos bastidores, dois magistrados disseram que seria melhor o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) não entrar nesse debate político, deixando tudo a cargo do Congresso. A verdade é que não se tem mais certeza de nada em relação à pandemia. Até a aprovação pela Câmara, o assunto ainda dará muita dor de cabeça em muitos. A única coisa que esperamos é que em novembro a situação já esteja controlada no país, com eleição ou sem eleição.

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