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Palmares do Sul

Câmara de Palmares do Sul realizou Sessão Solene alusiva ao Dia da Consciência Negra

Sessão foi realizada na segunda-feira na Associação Quilombola do distrito de Bacupari

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Sessão Solene foi realizada na segunda-feira - Foto: Bárbara Cassola

A Câmara de Palmares do Sul realizou na segunda-feira, dia 18 de novembro, uma Sessão Solene alusiva ao Dia da Consciência Negra. A Sessão foi realizada na Associação Quilombola do distrito de Bacupari. Os homenageados foram Claudionor Pinto Mendes, Denilce Boeira de Lima, Emilio Diaz da Conceição, José Humberto da Cruz Barcelos, Maria Marques Gome e Maria Marques Silveira.

“Não haveria outro lugar mais apropriado para nós realizar esta Sessão Solene que não fosse aqui na Associação Quilombola. É o mínimo que nós vereadores podemos oferecer para vocês, e o retorno está sendo dado com a casa lotada para estas homenagens. Isso mostra que fizemos as escolhas certas para as pessoas que serão homenageadas aqui hoje. Agradeço também a toda equipe da Câmara que contribuiu para que isso fosse possível”, destacou o presidente Sergio Gil.

Em sua fala, Nenê fez uma reflexão sobre o tema da Sessão Solene e a sua importância para a sociedade. “Hoje ouvimos muitos discursos bonitos, mas pouco fizemos para combater o racismo no Brasil. As pessoas que são homenageadas todos nós conhecemos, sabemos da sua história e sua luta por esse tema. Muitas vezes o preconceito não está no falar, mas sim dentro da pessoa. E isso nós precisamos eliminar com o apoio da sociedade e o poder público. Nós que somos brasileiros natos temos o sangue negro, e devemos nos orgulhar disso”, disse.

Confira abaixo a biografia dos homenageados.

Claudionor Pinto Mendes, conhecido como Caco pela família, nasceu no interior de Uruguaiana no dia 18 de maio de 1952. Trabalhou como peão em estâncias e foi um exímio domador de cavalos. Aos 18 anos, após a morte do seu pai, sendo um dos mais velhos em uma família de 10 irmãos, assumiu juntamente com a mãe, Dona Ilda, a criação dos irmãos mais novos trabalhando em lavouras, engenhos de arroz e corte de cana no Uruguai. Quando tinha 48 anos, veio morar em Palmares do Sul e trabalhar na Cooperativa de Arroz. Casou-se com Nilza da Rosa Neto e teve os filhos Rogério, Ilda e Eduardo. Após anos de trabalho e dedicação, precisou-se aposentar-se por motivos de saúde.

Denilce Boeira de Lima. Vinda de uma família de três irmãos, filha de Tascio Conceição Boeira e Maria Neto Boeira, já felecidos. Seus pais tiveram 13 filhos: três mulheres e dez homens. Nasceu em Palmares do Sul no dia 02 de novembro de 1955. Em 1976, casou-se com Lucimar Alves de Lima e foi morar em Granja Vargas. Desta união nasceram três filhos: Degilse, Jeferson e Taciane. Mais tarde, a família aumentou com as chegadas dos genros Anderson Farias, Anderson Reis e a nora Viviane. É avó das gêmeas Julia e Laura e dos irmãos Antoni e Beto. Em 1993 começou a trabalhar com a família de Pedro e Vera Marta, onde permanceu até 2008, quando se aposentou. Dos seus 15 anos trabalhando com a família, tiveram uma boa relação, da qual ela se orgulha muito e dos quais os momentos se lembra com muito carinho e saudade. Desde 2015 mora no bairro Agreste.

Emilio Diaz da Conceição. Nasceu em 28 de novembro de 1969, filho de Alvaro Conceição Neto e Vilma Diaz Conceição. Iniciou sua vida escolar na Escola Fischer, cursando a 6ª, 7ª e 8ª série na Escola Albano. Depois disso teve que parar os estudos para servir o Exército, voltando a concluir o Ensino Médio mais tarde na Escola Francisco Canquerine. Iniciou em 2005 a faculdade de inglês na Ulbra, em Canoas, mas não concluiu. Em 2017, ingressou na faculdade Estácio no curso de Letras e voltou para o Inglês no qual está em processo de finalização. Começou a trabalhar na Escola Fischer em 1999. Desde então, teve uma saída em 2007 por conta de uma troca de Governo estadual, mas seis meses depois retornou e lá permanece até hoje. Em praticamente 25 anos de escola, considera que tem uma vida no ambiente escolar, sua segunda casa, pois muitos professores passam, vão e vem, e ele sempre ali. Por esse motivo, dizem que é patrimônio da escola. Em 2023, a escola foi presenteada nos seus 61 anos com a Banda da Escola Fischer, e Emilio foi incumbido da missão de estar a frente do projeto. Se diz apaixonado pela banda e se diz uma festa, onde ensina com amor tudo o que aprendeu. Sua fascinação por bandas vem desde 1984, quando tocava na banda da escola Albano. Mais tarde, em 1988, tocou na banda do quartel. Em 1995, passou também pela banda municipal que havia em Palmares e depois 1997 foi convidado literalmente para formar uma banda na cidade de Mostardas. Toda sua experiência com música lhe trouxe para a banda da Escola Fischer. Em 1995 iniciou um relacionamento amoroso, no qual em 1997 nasceu sua filha Ritiele, que hoje, com 27 anos de idade, mora com a mãe em Santa Catarina.

José Humberto da Cruz Barcelos. Nasceu no dia 19 de março de 1966 na cidade de Santa Maria, sendo o sétimo filho do casal José Manoel da Cruz Barcelos e Isolina da Cruz Barcelos. Criado em uma família católica extremamente religiosa, que teve como prioridade nomear cada filho que nascia com o nome de um santo da cidade, onde todos nasceram e foram criados. Os oito filhos de Isolina e José seguiram carreira pública. José Humberto, após servir no quartel, seguir a carreira militar. Ao concluir a servidão da pátria, ingressou na Brigada Militar em Porto Alegre servindo por 15 anos no 11º Batalhão de Polícia Militar. Em 1988 casou-se com Claudia Maria de Azevedo Barcelos, e o jardim floriu com a chegada de Marcelo, Felipe e Ramiro. No ano de 2000, José pediu transferência do quartel e passou a servir o 8º BPM de Osório, lotado no 3º Pelotão em Palmares do Sul. Serviu por 16 anos com honra, caráter e responsabilidade até passar para a condição de reserva na patente de 2º Sargento. Hoje José Humberto é avô de Rafaela, sogro de Maria e Geovana, além de continuar a servir a comunidade como Monitor Escolar.

Maria Marques Gomes. Nasceu em 17 de fevereiro de 1929 nas terras que hoje são as terras do Quilombo do Limoeiro. Casou-se aos 24 anos com Dinarte de Lima, conhecido como Toco. Teve quatro filhos, dois já falecidos. Foi trabalhar na Fazenda Estância Nova e depois foram trabalhar na fazenda de Luis Martins Chaves. Lá era cozinheira da casa grande, e depois cozinheira da lavoura. Em 1969 veio morar no Bacupari e residiram na chácara que era herança de seu marido. Era conhecida por todos por fazer saladas em casamentos e festas. Assim criou seus filhos junto de si e estudando da Escola Domingos Saraiva. Hoje, dona Maria vive, aos 95 anos, em sua casa no Bacupari e anda de andador por conta de sua doença. Mas fora o andar, não teve sequelas nenhuma, com sua memória lúcida e seus versos que adora contar. É um exemplo de força maior para os filhos, netos e bisnetos.

Maria Marques Silveira. Nasceu em Bacupari no dia 23 de outubro de 1951. Filha de Manoel Marques e Maria de Lurdes Terra Marques. Vem de uma família de 15 irmãos, composta por quatro mulheres e onze homens. Sendo uma das mais velhas, não teve a oportunidade de estudar, pois tinha que ajudar sua mãe a cuidar de seus irmãos. Aos 17 anos, casou-se com Domingos da Conceição Silveira e foi morar na Granja Vargas, onde nasceram seus seis filhos: Jair, Leci, Alexandre, Ivanir, Vania e Alessandra. Em 2003, ficou viúva, e hoje, aos 74 anos de idade, tem 14 netos e sete bisnetos, tendo ajudar suas filhas a criar netos, educando-os com muito carinho mesmo não tendo estudo. Membro da Igreja Assembleia de Deus há mais de 40 anos, sempre ajuda muito nos eventos de sua Igreja e também da Igreja Católica, colocando-se a disposição para trabalhar e ganhar seu dinheiro honestamente e também ajudar. Durante a enchente, foi vários finais de semana fazer comida para os desabrigados. Atualmente, no auge dos seus 74 anos, ainda trabalha diariamente como doméstica na residência de João Aguiar, onde desempenha com muita eficiência um belo trabalho há 40 anos.

 

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