Representantes dos municípios do Litoral Norte afetados com as inundações, enxurradas e deslizamentos de terra no fim da semana passada devido a passagem de um ciclone extratropical na costa estiveram reunidos na terça-feira, 20 de junho, com o secretário Nacional de Defesa Civil, Wolnei Wolff. O grupo uniu esforços com parlamentares da bancada gaúcha para buscar, junto ao governo federal, recursos imediatos e emergenciais para serem aplicados nas localidades. Ao todo, 18 prefeitos do Litoral estão em Brasília.
Os líderes compareceram presencialmente no Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional e outros participaram de forma online. Durante o encontro, prefeitos e parlamentares descreveram a situação dos Municípios de forma emocionada, reforçando que muitas estradas vicinais foram afetadas, milhares de famílias estão desalojadas e faltam comida e itens básicos de higiene. “Nós estamos aqui em busca de emendas de forma emergencial. Em algumas localidades não temos acesso algum, não tem luz, internet, nada. Para chegar, só de helicóptero. Precisamos urgentemente de uma ação integrada para buscar soluções”, iniciou o deputado Alceu Moreira (MDB-RS).
Logo após, o secretário Nacional de Defesa Civil, Wolnei Wolff, ressaltou que foi feita uma força tarefa concentrada no Município de Osório (RS) que conta com o apoio e a presença de técnicos da secretaria. “Nossa equipe está lá para ajudar. O Município deve fazer um relatório para estimar os prejuízos. É preencher uma ficha de informação sobre o desastre, com a demarcação da região, da cidade ou todo perímetro urbano atingido. Essas informações são vitais para a gente reconhecer o estado de calamidade. Sem isso não conseguimos avançar”, disse.
Participando de forma online, o presidente da Federação das Associações de Municípios do Rio Grande do Sul (Famurs), Luciano Orsi, agradeceu à pasta por recebê-los e por estarem dando o apoio nas localidades e enalteceu a força-tarefa feita para ajudar os afetados. “Os Municípios estão solidários e estamos fazendo um acordo de cooperação para uso de maquinário, e equipamentos. Mas reforço que é importante este apoio e contamos com a liberação mais rápida dos recursos”, finalizou.
O secretário nacional complementou dizendo que a pasta tem trabalhado com um plano de assistência humanitária. “Podemos auxiliar com cesta básica por 60 dias, além de recursos para comprar comida, itens de higiene pessoal e colchão, quando é o caso. A recomendação é de dar celeridade, presença e pegar na mão daqueles Municípios que precisam. Por isso, peço aos prefeitos que tenham um local estratégico com pessoas da prefeitura sentados trabalhando nas estimativas iniciais que são simples”, disse.
