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Palmares do Sul

“Em nenhum momento as escolas do município ficaram sem merenda”, diz Secretária da Educação de Palmares

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A Secretária de Educação de Palmares do Sul, Marcia Bins, usou o espaço da Tribuna Livre da Câmara de Vereadores na sessão de segunda-feira, dia 27, para defender o Executivo da denúncia do vereador Filipe Lang de que as escolas do município estariam sem merenda escolar. Marcia explicou, em seu pronunciamento, as dificuldades da administração em encontrar empresas que fornecem alimentos para as escolas, principalmente os oriundos da agricultura familiar.

“O vereador falou muitas coisas, algumas delas verdade, mas também outras que fogem da nossa realidade, e estou aqui hoje para explicar a todos”, iniciou a Secretária.

Assim como havia relatado à reportagem do Integração na semana passada, a líder da pasta da Educação informou que o município iniciou o ano com um Registro de Preços de 2022 que ainda estava vigente, sendo efetuada a primeira compra para a alimentação escolar no dia 24 de janeiro. “As escolas não iniciaram o ano letivo sem alimentação. Fomos fazendo as aquisições necessárias e em janeiro foi dado início a um novo processo de licitação, como fazemos todos os anos. O problema é que nós estamos encontrando dificuldades com os fornecedores, e não é de hoje. Há uma cooperativa de Osório, por exemplo, que era responsável por parte da merenda escolar nos últimos anos, e quem em 2023 informou que não participaria mais do processo de licitação devido a distância das nossas escolas, muitas delas nos distritos, e também por terem iniciado o fornecimento de alimentos a outras prefeituras da região. O nosso comércio local, infelizmente, nunca teve interesse em participar desses processos, também pela dificuldade de entrega”, disse Marcia.

Iniciado o novo processo de licitação, apenas uma empresa acabou participando, onde os preços de alguns itens ficaram muito acima do mercado. “Se comprássemos dessa empresa, nossos recursos realmente não iriam dar conta da demanda. E foi aí que se deu a complicação. Tivemos que tirar alguns itens da licitação, como a carne e leite. Mas as outras coisas foram enviadas às escolas. Realmente alguns itens estavam em falta, onde estávamos fazendo um racionamento para poder chegar nessa nova compra. Esse novo fornecedor acabou atrasando a entrega dos alimentos. Em momento alguns os alunos ficaram totalmente sem merenda”, explicou.

Marcia confirmou alguns pontos levantados pelo vereador. “A Escola Bento realmente serviu ovo cozido na merenda, mas é um alimento que faz parte do cardápio nas escolas. Não é somente ovo cozido que é servido, sempre há algo junto, como café com leite. O ovo é uma recomendação da nutricionista por possuir muitos nutrientes para uma criança. Logo no dia seguinte a sua postagem já estava sendo servido arroz, galinha, segundo a direção”.

Por fim, a Secretária relatou que a situação está sendo regularizada. “Nesta semana já foi entregue toda a alimentação, exceto o hortifruti, pois teremos que fazer uma compra emergencial. Uma equipe da Secretaria terá que ir para o supermercado e selecionar os produtos, pois os comércios não quiserem nem separar e entregar as compras. Temos a obrigação em comprar 30% da agricultura familiar. Essa compra não irá entrar nesse quesito, não sendo comprada com recursos federais. Para essa nova licitação estamos tentando fazer com que seja dividida por lotes para facilitar nossas compras. Já tentamos isso em governos passados e não funcionou, mas iremos tentar novamente, pois os fornecedores devem estar totalmente regularizados. É complicado, mas estamos tentando regularizar tudo o mais rápido possível”, concluiu.

Nota nas redes sociais

Logo após o vereador tornar pública a denúncia, a Secretaria de Educação de Palmares do Sul, através das redes sociais, divulgou uma nota sobre o caso. Confira abaixo na íntegra.

“Primeiramente é importante pontuar que a denúncia veiculada nas redes sociais do vereador é inverídica. Em nenhum momento as escolas da rede municipal, ficaram sem alimentos! O que houve na verdade foi um atraso no fornecimento de alguns alimentos, devido a problemas na contratação de empresas para realizar estas entregas. Fato este, explicado pela Secretária em uma live realizada na noite de 22/03.

A Secretaria de Educação trabalha incessantemente para fornecer alimentos de qualidade, de forma balanceada e respeitando as resoluções impostas pelo PNAE. A avaliação realizada pela SME é satisfatória pelo cardápio ofertado aos alunos nas escolas, pois sabemos da importância dessa alimentação, junto a famílias em estado de vulnerabilidade alimentar”.

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