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Capivari do Sul

Projeto que visa financiamento de R$ 2,5 milhões é debatido na Câmara de Capivari do Sul

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Está em discussão na Câmara de Vereadores de Capivari do Sul o Projeto de Lei 60/2021 que pede autorização Legislativa para a contratação de um financiamento de R$ 2,5 milhões junto à Caixa Econômica Federal para ser investido na pavimentação das avenidas Quilombo e Brasil, no bairro Jardim Formoso. Conforme o projeto, o valor será destinado para terraplanagem e drenagem pluvial, pavimentação com pista de rolamento, sinalização e canteiros centrais.

Na sessão de segunda-feira, dia 19, os vereadores debateram o projeto, que poderá ir à votação na próxima sessão, dia 26. Jesuelo Silva (PP) contestou a iniciativa do Executivo. “Não sou contra o progresso, sou favorável em tudo que seja melhor para o município. Mas me chamou a atenção que no PPA para o ano que vem, há uma projeção de gastos de R$ 2,7 milhões com pavimentação. Então por que tirar esse empréstimo? Por que acabar com a capacidade de endividamento do município para o futuro? Por que os juros são bons? O ex-prefeito fez uma dívida que ele não vai pagar, e agora o prefeito Leandro também fará uma dívida que deixará para os outros, sem sabermos o futuro. Isso é certo? Não é por que se tem um crédito que é preciso se gastar tudo”, disse.

O progressista ainda ressaltou que antes de fazer um novo financiamento é preciso resolver os problemas na saúde. “Muito bem, vamos fazer esse novo empréstimo, está tudo as mil maravilhas. Mas não está. Hoje não se tem exames de sangue e nem ecografia em Capivari. Estamos sem pediatra. Não se consegue uma consulta com a médica da família e não se tem previsão. Eu queria o mesmo empenho dos colegas em aprovar esse financiamento para conseguir também resolver os problemas da saúde. Se eu tivesse com a caneta na mão, Capivari já teria médico, por que esse vereador tem atitude. Por que não repassar um valor maior para a saúde? Estive com o Leandro e ele me disse quer seria o prefeito da saúde e educação, e quinze dias depois me manda esse projeto de empréstimo milionário. É uma total incoerência”, relatou Jesuelo.

Elis Bueno (PSDB), em sua fala, disse que o projeto é um cheque em branco. “Já passei por um projeto desse, de um cheque em branco, devido ao financiamento da 040, onde colocamos 15% do nosso orçamento em cima do que não é nosso. E agora vai a 25% do orçamento anual de um outro espaço, mas desta vez em cima do que é nosso. Eu preciso estudar esse projeto ainda. Precisamos saber quanto será essas parcelas, quanto cada munícipe irá pagar. É um assunto delicado, pois somos tachados de vereadores que são contra o progresso. Mas não é verdade, somos contra o financiamento, que agora, se efetivado, vai a R$ 6 milhões, contando o outro da 040. É importante para os moradores daquela área, mas por que não usaram esse financiamento de R$ 3,5 milhões da 040, onde adquiriram uma dívida em cima do que é do Estado, para fazer essa obra no Formoso? Então preciso estudar esta proposta”, disse Elis.

Manoel Dias (PDT) usou seu espaço na Tribuna e falou sobre o Projeto 60. “Os juros estão compensando e o material de construção está para subir novamente. Então quando o cavalo passa encilhado, temos que aproveitar. Se o governo disse que tem como fazer e há como pagar, por que não fazer?”, disse Barriga.

Para a vereadora Tatiane Kestering (Cidadania) é preciso analisar e ter cautela antes de dar mais um passo largo na contratação de um novo financiamento. “Penso ser mais um passo largo a ser dado diante da possibilidade de lá na frente a perna ficar curta, e não ser possível dar conta de outras demandas do município devido a dois financiamentos. É bom que tenhamos mais alguns dias para debater esse tema”, disse Tatiane.

A Líder do Governo na Câmara, Cristina Bueno, disse ser favorável ao financiamento. “É uma obra que vai beneficiar aos moradores das avenidas contempladas e todos do entorno. Ninguém está tirando dinheiro a mais do que se precisa. Só quem não parcela é quem tem o dinheiro para chegar e fazer. É um juro baixo e tem capacidade de endividamento e capacidade para pagar”, disse Cristina.

Presidente da Casa, Fabiana Costa reiterou que o município está fazendo tudo com os pés no chão. “Se alguém acha que o município não tem como pagar o financiamento, então que daqui a quatro anos não concorra. Nós temos certeza que dá para pagar. Estamos fazendo as coisas com os pés no chão. Se daqui a há quatros não tiver ninguém para assumir estas prestações, o PDT com certeza terá alguém. Tomara que seja o Leandro, e se não for será outra pessoa”, comentou Fabiana.

O Líder da Bancada do PDT na Câmara, Geovane Silveira, disse que irá se manifestar sobre o tema quando o projeto for a votação. Renato Leal, do Cidadania, informou que irá votar no que for melhor para comunidade. “Não trabalhamos sobre pressão, então estamos analisando com carinho e ver o que é melhor para todos”. Fabiano Homem (PDT) diz ser a favor do projeto. “Sou a favor do progresso e do crescimento. Isso não irá afetar em nada as contas públicas e o município tem capacidade para isso, então sou a favor”, disse o vereador.

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