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Palmares do Sul

Empresário se defende de acusação de extração ilegal de madeira em Quintão

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Na última semana, funcionários de uma empresa que trabalha com extração de madeira iniciaram o corte de diversas árvores de pinus em uma área do distrito de Balneário Quintão, em Palmares do Sul. O fato, no entanto, gerou confusão e até caso de polícia. Isso por que Aloisio Schmaedecke Perdomini tomou conhecimento e contestou a ação, alegando ser o proprietário da área, ficando surpreso com o ocorrido. Aloisio diz que a terra é de posse da sua família desde que nasceu, 47 anos atrás. Ele afirma ter a matrícula da área e contrato de arrendamento desde 2007, negando que haja alguma disputa judicial. A reportagem do Jornal Integração citou Renato Boher, da empresa Sul Pinus, responsável por comprar a área, que explicou a situação.

“Na verdade, eu não sou o dono da área, como a reportagem falou. Eu comprei 4 mil hectares de pinus do vendedor, tudo dentro da lei e com as documentações corretas para fazer a extração da madeira. Trabalhamos junto com a empresa Urbanek e sempre buscamos trabalhar dentro da lei. Se soubéssemos que havia esta batalha judicial pelas terras, jamais teríamos feito negócio”, disse Renato.

O empresário também explicou a presença de seguranças particulares no local durante o início dos trabalhos de corte. Na segunda-feira, dia 31, homens encapuzados entraram na área e montaram acampamento. “Quando fechamos o negócio, o dono da área nos passou que alguns seguranças iriam nos acompanhar, já que resineiros estariam no local e isso poderia dar algum tipo de problema. Esses seguranças não são de nossa responsabilidade. Nosso objetivo é trazer progresso para a região e jamais tentar invadir ou tirar algo de alguém. Tudo o que fizemos foi dentro da lei, com documentações e registros, inclusive em cartório, com LO, LI, notas fiscais, alvará. Temos também o KMZ da área. Não queremos confusão com ninguém e muito menos tomar lado nessa situação. Só queremos que a verdade apareça e os fatos sejam esclarecidos. Até que me provem ao contrário, eu acredito na veracidade dos documentos que me foram apresentados, que são muito convincentes e atualizados. Compramos a área após uma avaliação muito criteriosa”, comentou. Por fim, Renato não citou de quem comprou a área. “Agora vamos buscar reaver nosso investimento, que não foi barato, para não saímos no prejuízo”, completou.

Entenda o caso

Na manhã de segunda-feira, dia 31 de outubro, homens tomaram uma plantação de pinus no distrito de Balneário Quintão, em Palmares do Sul. A área, de propriedade da Pousada da Praia, de Aloisio Schmaedecke Perdomini, possui pinus de mais de 30 anos que estavam em processo de resinagem. A Brigada Militar esteve no local e nega ter encontrado armas, mas confirma a atuação de pessoas como seguranças privados, inclusive policiais militares. A BM de Osório classificou o episódio como um “desacerto comercial”.

Após o ocorrido, João Perdomini, pai de Aloisio, esteve na redação do Jornal Integração para esclarecer os fatos e alegar que a área invadida é de propriedade de sua família, conforme processos judiciais julgados a ser favor. Aloisio diz que a terra é de posse da sua família desde que nasceu, 47 anos atrás. Ele afirma ter a matrícula da área e contrato de arrendamento desde 2007, negando que haja alguma disputa judicial. João Perdomini lembra ainda diversos casos de invasão e brigas na justiça durante todos esses anos, e que culminaram com a sua vitória.

“A Fazenda do Potreirinho tem posse da área com tradição de 200 anos, títulos com 165 anos de procedência e está desde 2003 acobertada pela coisa julgada. Dentre anos, diversos aventureiros que tentaram se apossar de parte das terras da Fazenda do Potreirinho. Mesmo estando julgado, ainda estão aparecendo estas pessoas”, comentou.

Segundo João Perdomini, as terras foram compradas por Frutuoso Francisco da Silveira em 1820 e, desde então, foram sendo passadas a seus sucessores até chegar ao neto Pedro Frutuoso da Silveira. Em 1940, a área foi vendida para Damasio Antônio da Silveira e, posteriormente, em 1983, comprada da sucessão de Damasio pelas empresas Pousada da Praia Ltda Edusa SA Edificações Urbanas, de propriedade de João Perdomini. “Essa área onde esses invasores estão está há 30 anos com florestamento de pinus e sendo resinado há 10 anos”, disse Perdomini.

Para Aloisio Perdomini, houve má fé na ação dos invasores. “Como que alguém vem fazer o corte de madeiras com seguranças encapuzados e armados? Se fosse tudo dentro da lei, não haveria problema algum em fazer o serviço. Então todos sabiam o que estava acontecendo”, disse.



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