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Palmares do Sul

Palmares do Sul quis receber fábrica da Ford

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Na segunda quinzena de novembro de 1997, o Jornal Integração publicou na página 6 da sua edição uma reportagem sobre o interesse de Palmares do Sul em receber o complexo automotivo da Ford. Na época, o líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado Paulo Odone Ribeiro, encaminhou ao governador Antônio Britto e ao secretário de Desenvolvimento Econômico e Assuntos Internacionais Nélson Proença, um documento elaborado pela prefeitura municipal com o interesse em receber a empresa. O deputado fez o encaminhamento depois de ter recebido em seu gabinete o prefeito de Palmares Luciano Bins e o vice João Tadeu Vasconcellos da Silva.

No ofício, os representantes do município informaram que estavam desenvolvendo um estudo detalhado sobre as vantagens que a cidade poderia oferecer a Ford. A análise estaria pronta na semana seguinte para apresentação ao governador do Estado, conforme informou o prefeito.

“Num primeiro momento, o município acha-se em condições de sediar a Ford em função da sua localização privilegiada, próxima a Porto Alegre e a um corredor natural de navegação, que é a Lagoa dos Patos. Oferece, por outro lado, um terreno de 600 hectares, a 18 metros acima do nível da Lagoa, com excelentes condições topográficas, geológicas e sem problemas de inundações, isenção do pagamento de tributos municipais por um período de 18 anos, além de infraestrutura pública e outras vantagens”, dizia a reportagem.

No fim, a Ford acabou não instalando sua fábrica no Rio Grande do Sul, gerando uma batalha judicial com o governo. No ano seguinte, em 1998, o governo Antônio Britto (PMDB) assinou com a Ford um contrato para instalação de uma fábrica de automóveis em Guaíba, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Também foi assinado financiamento com o Banco do Estado do Rio Grande do Sul (Banrisul) disponibilizando para a empresa a quantia de R$ 210 milhões, com o objetivo de aportar os recursos necessários ao projeto. Pelo acordado, o dinheiro seria liberado aos poucos, mediante prestação de contas das etapas.

Após o pagamento da primeira parcela, de R$ 42 milhões, já no ano de 1999 e na gestão de Olívio Dutra (PT), a Ford se retirou do negócio alegando que o Estado estava em atraso no pagamento da segunda parcela e, também, motivos de ordem política com o novo governo que assumia. O Estado, no entanto, alegou à época que a empresa não estava cumprindo o acordo, além de não concordar com as cláusulas assinadas na gestão anterior. Com isso, a Ford acabou trocando o Rio Grande do Sul pela Bahia em um processo que envolveu, entre outras decisões, vantagens concedidas à empresa para se instalar em Camaçari.

Em fevereiro de 2000, o Estado do Rio Grande do Sul ajuizou uma ação contra a Ford, postulando o reconhecimento da nulidade de algumas cláusulas contratuais ou, sucessivamente, da inadimplência contratual da Ford.

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