O Instituto Riograndense de Arroz (IRGA) divulgou nesta semana um balanço da chuva no Rio Grande do Sul nos últimos meses e a projeção para os seguintes. De modo geral, o volume das precipitações não mudou muito de novembro para dezembro de 2021, visto que ficou abaixo da média em praticamente todo o RS. A exceção foi o extremo leste, na região das lagoas, onde o volume superou a Normal Climatológica do mês. Logo, na maior parte do RS, as precipitações ficaram abaixo dos 45 milímetros acumulados. Os locais que passaram dos 100 mm foram as regiões de Canguçu, de Porto Alegre e das lagoas. As anomalias de precipitação foram negativas em dezembro, principalmente na Metade Norte do Estado, onde deveriam ocorrer os maiores volumes acumulados do mês.
Chuvas abaixo do volume e frequência ideais, elevação nas temperaturas, baixa umidade relativa do ar e ventos que, predominantemente, sopravam de Sudeste, agravaram muito a situação da estiagem no RS. Em dezembro já eram somados grandes prejuízos nas lavouras de milho, principalmente, e nas de soja. Nas lavouras de arroz, a situação ainda não era tão crítica, pois havia a esperança das chuvas de janeiro.
Ainda sobre a cultura do arroz irrigado, com exceção das lavouras com problemas na manutenção da lâmina d’água, que é um fator importante para se atingir altas produtividades, é a quantidade de radiação solar. Durante dezembro de 2021, ela foi superior à Normal Climatológica em todas as regiões.
Na Metade Sul do RS, com base na média dos locais que possuem estação meteorológica, a radiação solar em dezembro de 2021 (26 MJ m-1) e em dezembro de 2020 (25,7 MJ m-1) foram superiores à Normal Climatológica (24,6 MJ m-1). Ou seja, em ambos os anos, a radiação solar foi favorável para o desenvolvimento do arroz irrigado.