A instalação do Porto Meridional em Arroio do Sal passou por reuniões decisivas esta semana. Em viagem à Brasília, o prefeito Luciano Pinto se inteirou sobre as questões ambientais e o licenciamento que envolvem o empreendimento em reunião realizada na quarta-feira (12), na capital federal. Participaram deste encontro a presidência do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis), os diretores do Porto Meridional, o senador Luis Carlos Heinze (PP) e outras importantes lideranças políticas.
O grupo entregou ao presidente do IBAMA, em ato simbólico, a introdutória do Estudo de Impacto Ambiental (EIA). A versão definitiva do documento será protocolada no órgão federal ainda neste mês. Os detalhes do documento não foram divulgados.

O presidente do Ibama garantiu que o projeto poderá ser liberado com brevidade. “Sabemos da importância dessa iniciativa para o estado e vamos priorizar a análise”, declarou Agostinho. Ele também ressaltou que o empreendimento está alinhado à nova lei de cabotagem, que incentiva o transporte marítimo entre portos, e ao contexto de desastres climáticos, que reforça a necessidade de reindustrialização do Rio Grande do Sul.
O diretor da DTA Engenharia, Daniel Kohl, apresentou dados do último diagnóstico, que apontam uma aceitação superior a 80% da população ao projeto. Além disso, destacou que as características do calado da região reduzem para zero a necessidade de dragagem.
A demanda é impulsionada por empresários da região serrana, que atualmente dependem dos portos de Rio Grande e de Imbituba (SC) para exportação.
A construção prevê investimentos de quase R$ 1,3 bilhão, destinados à movimentação de granel sólido, granel líquido e gasoso, carga geral e conteinerizada, e a criação de mais de 2 mil empregos diretos e quase 5 mil indiretos.
O prefeito de Arroio do Sal, Luciano Pinto, enfatizou que o impacto positivo do porto se estenderá a todo o estado, com reflexos inclusive na economia nacional. “ O município já está trabalhando na questão do Plano Diretor e do esgotamento sanitário elementos necessários para a consolidação do empreendimento”, disse.
O senador luis Carlos Heinze, que vem trabalhando no projeto há alguns anos , disse que o porto será de grande importância para a economia gaúcha. “Hoje temos um único porto no Rio Grande do Sul, enquanto Santa Catarina tem mais de sete. Essa é a nossa melhor oportunidade de reduzir o custo logístico no RS, afirmou Heinze.
O deputado estadual Issur Koch, presidente da Frente Parlamentar em Defesa do Porto Meridional na Assembleia Legislativa, fez questão de afastar qualquer ideia de concorrência entre o Porto de Rio Grande e o Meridional. “Vamos recuperar empresas e negócios que deixaram de operar no RS. Avançamos muito hoje com o Ibama e o porto será uma grande porta para o desenvolvimento do RS e do litoral Norte”, afirmou.
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