Operação do MP com a Polícia Civil busca investigar desvios de doações - Foto: Divulgação / MP
A Justiça determinou medidas cautelares contra o vereador de Palmares do Sul Filipe Lang (PT) por coação de testemunhas na investigação que apura desvio de doações às vítimas da enchente. O pedido inicial do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) foi de prisão do pré-candidato a prefeito por ter usado donativos de vítimas da enchente para campanha eleitoral deste ano, mas a Justiça não aceitou e decidiu medida diversa da prisão – medida cautelar de afastamento das vítimas
De acordo com o 4° Núcleo Regional – Litoral – do GAECO, o político estava coagindo, nesta semana, um casal de testemunhas. Desta forma, como medida cautelar diversa da prisão, o Poder Judiciário proibiu o investigado de se aproximar a menos de 200 metros das vítimas, bem como, se abster de manter contato por qualquer tipo de meio de comunicação, inclusive, através de outras pessoas. Se descumprir, estará sujeito a uma nova decisão judicial que pode acarretar em prisão preventiva.
“A conduta deste político, um vereador, de procurar testemunhas do processo demonstra tentativa clara de interferir indevidamente nas investigações, mostrando desrespeito com as instituições do Poder Judiciário e do MPRS”, destaca o promotor de Justiça Mauro Rockenbach, autor do pedido. Segundo ele, o político e outras pessoas seguem tendo as ações monitoradas, além de serem alvos de duas investigações.
O Integração buscou contato com o Filipe Lang, mas não obteve retorno.