O presidente do Hospital São José, de Palmares do Sul, Roberto Hirtz Dutra, usou o espaço da Tribuna Livre da Câmara de Vereadores na segunda-feira, dia 17, para pedir apoio em relação ao repasse do Executivo para a entidade. A prévia da Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO, que trata do orçamento para o próximo ano e que foi apresentada nesta sexta-feira, 21, prevê um repasse anual ao Hospital de R$ 1,4 milhão em 2024.
Segundo Bebeto, com esse valor, os serviços prestados ficarão insustentáveis. “Se isso se concretizar, podem dar adeus ao Hospital São José. Quero deixar bem claro essa questão para todos vereadores e comunidade. O Hospital estará terminado”, disse. Hoje o repasse da prefeitura ao Hospital é de R$ 1,4 milhão ao ano e, em 2024, o Hospital necessitaria de R$ 2,5 milhões, segundo a Diretoria.
O presidente informou que o orçamento do Hospital gira em torno de R$ 4 a 4,5 milhões ao ano. “O repasse do Sistema Único de Saúde – SUS está congelado há mais de cinco anos em todo Brasil. E só existem duas maneiras de o Hospital resolver sua questão financeira: com emendas parlamentares e apoio do Executivo. Todos sabem que a saúde é municipalizada e o atendimento básico deve ser feito pelo município, assim como a Secretária de Saúde deixou registrada em uma manifestação através do jornal. Quanto as emendas, os deputados estaduais, federais e senadores preferem destinar recursos mediante aquisição de equipamentos, até para ficar registrado. Hoje nosso Hospital está bem equipado. Claro que não temos tudo o que eventualmente iremos precisar, mas estamos bem equipados para atender a comunidade dentro do que podemos fazer. Então o que precisamos é de emendas com recursos livre, para serem gastos com as despesas”, explicou Dutra.
Em seu pronunciamento, Bebeto pediu apoio dos vereadores. “Faço um apelo a todos vocês, para que dentro do que é possível, possam mudar essa situação. No mês de maio deste ano, o Hospital realizou 2.346 consultas, uma média de 78 consultas por dia. No total de atendimentos, que incluem desde a verificação da pressão até exames clínicos, raio-x, eletrocardiograma, foram 8.937 atendimentos. Além disso, precisamos de um médico pago pela prefeitura das 07h às 19h para se juntar aos nossos quatro profissionais que hoje atendem no Hospital. No passado, nós contávamos com esse médico do município, mas em junho de 2022 foi cortado. Não temos a possibilidade contratar mais um médico, não temos essa condição financeira”, completou o presidente.
O Integração tentou contato com o prefeito Mauricio Muniz, mas não obteve resposta até o fechamento desta edição