Influenza aviária é tema de palestra para pescadores e profissionais da saúde em Mostardas e Tavares

Lideranças dos pescadores do Parque Nacional da Lagoa do Peixe e profissionais de saúde dos municípios de Mostardas e Tavares participaram, na terça e quarta-feira (21 e 22) de apresentações sobre a influenza aviária. A ação de Educação em Saúde Única faz parte de projeto-piloto desenvolvido pela Secretaria da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), em parceria com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (Cevs) da Secretaria da Saúde.

O Parque Nacional da Lagoa do Peixe é um importante ponto de aves migratórias no Estado, motivo pelo qual os dois municípios foram selecionados para a primeira etapa do projeto-piloto. “Por isso a importância de trazer informações de qualidade sobre a influenza aviária para as pessoas que trabalham e vivem aqui. Elas podem auxiliar no nosso trabalho de monitoramento, detectando e nos notificando qualquer anormalidade que venha a ocorrer na região”, destaca a fiscal estadual agropecuária Flávia Fortes, da seção de Epidemiologia e Estatística da Seapi.

A apresentação da Agricultura informou sobre os sintomas da doença nos animais, reforçando orientações sobre como proceder ao se deparar com uma ave com os sinais clínicos da enfermidade e divulgando os canais da Secretaria para notificação de casos suspeitos.

Já a apresentação da Saúde, conduzida pelos técnicos do Cevs Letícia Garay, Carolina Port e Lucas Born, ressaltou que há apenas dois casos registrados de gripe aviária em humanos nas Américas, e que a transmissão se deu em contato direto com aves infectadas.

“A influenza aviária ainda não deu esse salto, da transmissão de um humano para outro. Por enquanto, como não há casos registrados nem mesmo entre as aves no Brasil e no Rio Grande do Sul, estamos em estado de atenção”, pontua Letícia.

A pescadora Jucemara dos Santos Souza, que trabalha na Lagoa do Peixe, acredita que a ação de Educação em Saúde Única foi elucidativa. “O assunto influenza aviária já tinha chegado a nós pelos grupos de pesca, e não sabíamos quais ações seriam tomadas e o quanto elas iriam impactar no nosso trabalho. Agora já temos uma ideia do que fazer se a gente perceber alguma alteração nas aves”, conta.

Para Ildamara dos Santos Moraes, da Vigilância Epidemiológica de Mostardas, foi um momento importante para alinhar informações na área da saúde sobre o tema. “Pode acontecer de haver suspeitas de influenza aviária, de alguém ter tido contato com algum animal, e temos que estar preparados para isso: para monitorar e levar as informações necessárias à população”, avalia.