Romildo Bolzan Júnior voltou à presidência do PDT por aclamação na convenção do partido, realizada no sábado (02), em Porto Alegre. O ex-prefeito de Osório e que chegou a ser cotado para disputa ao governo do Estado no ano passado, já esteve à frente da sigla no RS entre 2007 e 2014.
O presidente eleito afirmou ser necessária celeridade em um diagnóstico do cenário para as eleições municipais, buscando retomar o protagonismo do partido. Em seu discurso, Romildo chegou a dizer que, de fora, via o partido “definhar”, mas que retornando encontrou possibilidades de mudar essa situação em um processo de reformulação e reconstrução. “Se há uns coisa que um companheiro do nosso partido não pode abrir mão é de sua historia”, afirmou.
Reafirmando o PDT como um partido de centro-esquerda, um dos principais motes dos debates da manhã, Romildo disse que há uma busca pelo alinhamento desse espectro para as eleições municipais, mas não descartou alianças mais amplas, até mesmo com o PL. No entanto, frisou que aquelas muito próximas ao “bolsonarismo” precisariam ser revistas pela executiva.
União por chapa única
Embora houvesse outra chapa na disputa, encabeçada por João Luiz Vargas, prefeito de São Sepé, uma costura por uma única nominata foi construída até o último minuto, após diversas falas de lideranças partidárias, deputados estaduais e federais, prefeitos e vereadores, muitos deles destacando a necessidade de unidade.
As conversas entre os coordenadores das chapas, que ocorriam nas salas da sede do diretório estadual do partido foram levadas para a mesa do auditório no segundo andar, sendo necessária a intervenção de Carlos Lupi, do deputado federal Pompeo de Mattos, do presidente estadual Ciro Simoni, além de Romildo e Vargas.
Foi preciso postergar o tempo de inscrição de chapas e, após muito debate, um acordo foi selado em frente à mesa que conduzia os trabalhos, em um auditório lotado. Seis dos 26 postos que compõem a executiva estadual do partido foram destinados a integrantes da chapa de Vargas, mas a definição dos nomes gerou atraso.
Enquanto Vargas, com a lista em uma planilha no notebook, e Romildo, que com caneta e papel escrevia as sugestões aprovadas, integrantes da Ação da Mulher Trabalhista (AMT) prestavam uma homenagem à Miguelina Vecchio, morta em decorrência de um câncer, em junho.
O prefeito de São Sepé, no entanto, não colocou seu nome entre os que migraram para a chapa única. Embora tenha dito que sua vida política ruma ao fim e que tem pretensão de dedicar-se à literatura, Carlos Lupi comprometeu-se a criar em âmbito nacional uma coordenadoria de apoio aos prefeitos, tendo Vargas à frente
As informações são do Correio do Povo