
O ano que acaba de começar é muito esperado pelos municípios, principalmente pelos políticos, pois é ano de eleição municipal. Prefeitos, vice-prefeitos e vereadores das 5.570 cidades brasileiras serão escolhidos em outubro para os próximos quatro anos. É a primeira vez que os partidos concorrerão isolados nas disputas para vereador, uma vez que estará em vigor o dispositivo da reforma eleitoral que veda as coligações proporcionais nas eleições municipais. A novidade força as siglas partidárias e os candidatos a repensarem suas estratégias. A principal alteração prevista deverá ser no aumento do número de candidatos a prefeitos, uma vez que a chapa majoritária, historicamente, puxa votos para as candidaturas proporcionais, seja com o eleitor votando na legenda de seu candidato a prefeito, ou escolhendo um vereador alinhado a ele.
Antes, os partidos se reuniam em torno de uma candidatura majoritária, mas agora, como o voto de legenda será para o partido e não para a coligação, é natural que mais partidos queiram lançar seus candidatos. Isso não significa que o sistema proporcional deixará de existir, mas apenas que os partidos concorrerão em chapas separadas, sem alianças. Ou seja, contarão apenas com seus próprios votos.
Em Capivari do Sul, dois nomes já aparecem para concorrer ao pleito de outubro: o do atual vice-prefeito Leandro Monteiro (PDT) e do empresário e ex-vereador Daniel Couto (Cidadania 23). Também espera-se a participação da ex-prefeita Glacy Osório (PSDB), mas ela ainda não se pronunciou oficialmente a respeito. No entanto, não se viu nenhum movimento de coligações partidárias. De acordo com Daniel, o Cidadania 23 – partido recém fundado no município – está se estruturando internamente e buscando apoiadores na comunidade para depois pensar em composições. Já o PDT deve manter a atual coligação com o PMDB, mas ainda não manifestou outras parcerias.
Já em Palmares do Sul, despontam os nomes do atual prefeito Maurício Muniz (MDB), da vereadora Roberta Lang (PT) e do empresário Paulo Pachá (PSDB), que anunciou no ano passado sua candidatura por meio deste jornal. O MDB deve seguir sua coligação com o PDT – partido do atual vice-prefeito Gilmar Souza, que provavelmente será o candidato a vice de Maurício. O Partido dos Trabalhadores não se manifestou ainda sobre possíveis parcerias, tampouco o PSDB.
Outras mudanças estipulam que os partidos deverão reservar cota mínima de 30% para mulheres; doações poderão ser feitas apenas por pessoas físicas, sendo limitadas a 10% do seu rendimento no ano anterior a eleição; a partir do dia 15 de maio, os pré-candidatos poderão fazer arrecadação prévia de recursos por meio de vaquinha eletrônica, mas a liberação do dinheiro ficará condicionada ao registro da candidatura.
Que comece 2020 e a corrida eleitoral!